segunda-feira, 28 de novembro de 2016

ALLERGIC PROCTOCOLITIS IN INFANTS: analysis of the evolution of the nutritional status

Ludmilla S CAMARGO, Jonas AC SILVEIRA, José AAC TADDEI e Ulysses FAGUNDES NETO

Arq. Gastroenterol. vol.53 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2016



ABSTRACT

Background

Allergic proctocolitis is a disease that affects infants in the first months. The change in feed is the primary factor for clinical improvement and maintenance of the nutritional status of the infant.

Objective

Study the anthropometric evolution of infants with allergic proctocolitis at diagnosis and 1 to 6 months after nutritional intervention.

Methods

A retrospective cohort of infants with allergic proctocolitis diagnosis followed at the Pediatric Gastroenterology Institute of São Paulo (IGASTROPED), Brazil. The database with clinical, therapeutic and anthropometric data was obtained from medical records of outpatient infants. The therapeutic intervention was characterized by 1) exclusive breastfeeding with maternal exclusion diet of the six allergens (EBF-MED) or 2) no breastfeeding and use of hypoallergenic formulas.

Results

Of the 44 infants diagnosed with allergic proctocolitis, 23 were female. The median age of the infants was 3.5 months at the time of admission and 6 months after the intervention. The main clinical complaint was hematochezia with or without other symptoms of allergic proctocolitis. No difference was shown in the infants anthropometric evaluation between the two diets.

Conclusion

The duration of the allergic proctocolitis did not induce worsening of the infants nutritional status. Importantly, both nutritional interventions were able to keep the infants within the growth channel and resulted in the total clinical symptoms remission. Considering the fundamental mother-child link promoted by breastfeeding, the present data highlights the beneficial role of EBF-MED on the nutritional status of infants diagnosed with allergic proctocolitis in addition to the lower cost that breastfeeding brings compared the use of hypoallergenic formulas.

Key words: Colitis; Breast feeding; Milk hypersensitivity; Infant nutrition


RESUMO

Contexto

Proctocolite alérgica é uma enfermidade que afeta lactentes nos primeiros meses. A modificação na alimentação é o fator primordial para melhora do quadro e manutenção do estado nutricional do lactente.

Objetivo

Avaliar a evolução antropométrica de lactentes com proctocolite alérgica no momento do diagnóstico e 1 a 6 meses após a intervenção nutricional.

Métodos

Coorte retrospectiva de lactentes com diagnóstico de proctocolite alérgica acompanhados no Instituto de Gastroenterologia Pediátrica de São Paulo (IGASTROPED), Brasil. Os dados foram obtidos a partir dos prontuários de lactentes atendidos ambulatorialmente, coletando-se informações acerca do diagnóstico clínico, conduta terapêutica e dados antropométricos. A intervenção terapêutica foi caracterizada 1) aleitamento materno exclusivo com dieta de exclusão materna de seis alérgenos (AME-DEM) 2) fórmulas hipoalergênicas.

Resultados

Dos 44 lactentes diagnosticados com proctocolite alérgica, 23 eram do sexo feminino. A mediana de idade dos lactentes foi de 3,5 meses no momento da admissão e de 6 meses após a intervenção. A queixa clínica principal foi hematoquezia associada ou não a outros sintomas da proctocolite alérgica. Não houve diferença estatística na avaliação antropométrica dos lactentes em ambas as dietas.

Conclusão

A vigência da proctocolite alérgica não provocou agravo do estado nutricional dos lactentes e apesar de diferentes intervenções nutricionais, os lactentes se mantiveram dentro do canal de crescimento e ocasionou o desaparecimento total dos sintomas clínicos. A despeito destes resultados, destaca-se o papel benéfico do AME-DEM no processo de manutenção do estado nutricional do lactente e do vínculo mãe e filho, além do menor custo que o aleitamento materno traz comparado a utilização de fórmulas hipoalergênicas.

Palavras-Chave: Colite; Aleitamento materno; Hipersensibilidade a leite; Nutrição do lactente

http://www.igastroped.com.br/allergic-proctocolitis-in-infants-analysis-of-the-evolution-of-the-nutritional-status/

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

PREVALENCE OF GENETIC SUSCEPTIBILITY FOR CELIAC DISEASE IN BLOOD DONORS IN SÃO PAULO, BRAZIL

Janaína Guilhem MUNIZ, Vera Lucia SDEPANIAN e 
Ulysses FAGUNDES NETO 



Background

Celiac disease is a permanent intolerance induced by gluten, which is expressed by T-cell mediated enteropathy, and has a high prevalence in the general population. There is evidence of a strong genetic predisposition to celiac disease.

Objective

To determine the prevalence of genetic markers HLA-DQ2 and HLA-DQ8 in blood donors from São Paulo and measure human recombinant tissue transglutaminase antibody IgA class in HLA-DQ2 and HLA-DQ8 positive donors.

Methods

A total of 404 blood donors from São Paulo city and Jundiaí were included in the study and signed the informed consent form. Information regarding diarrhea, constipation and abdominal pain in the last 3 months was collected. Determination of HLA-DQ2 and HLA-DQ8 alleles was performed in all participants and human recombinant tissue transglutaminase antibody class IgA was measured only in blood donors who presented DQ2 and/or DQ8.

Results

HLA-DQ2 and/or HLA-DQ8 were positive in 49% (198/404) of subjects. Positive samples were associated with alleles DR3, DR4, DR7, DR11 and DR12. The most frequent genotype was DR4-DQ8, which was present in 13.6% of samples, followed by genotypes DR3-DQ2 and DR7-DQ2 with DQB1*02 in heterozygous, which were present in 10.4% and 8.7%, respectively. Eleven out of 198 positive donors (5%) were positive to human tissue transglutaminase test.

Conclusion

We observed a high prevalence of genetic markers for celiac disease, HLA-DQ2 and HLA-DQ8, in blood donors from São Paulo, similar to prevalence described in Europe. These findings show that the prevalence of celiac disease should not be rare in our country, but underdiagnosed.

Key words: Celiac disease; genetics. Genetic markers. HLA-DQ antigens. Prevalence. Blood donors



Contexto

A doença celíaca é uma enteropatia imuno mediada causada pela intolerância permanente induzida pelo glúten, que se expressa por enteropatia mediada por linfócitos T, e possui uma alta prevalência na população geral. Há evidências de forte predisposição genética para doença celíaca.

Objetivo

Determinar a prevalência dos marcadores genéticos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 em doadores de sangue da cidade de São Paulo e realizar rastreamento sorológico para doença celíaca com anticorpo antitransglutaminase tissular recombinante humana de classe IgA naqueles doadores de sangue com genotipagem HLA-DQ2 e HLA-DQ8 positivos.

Métodos

Estudo transversal prospectivo em que participaram 404 doadores de sangue, residentes na cidade de São Paulo e Jundiaí. A determinação dos alelos HLA-DQ2 e HLA-DQ8 foi realizada por PCR multiplex e alelo específico em todos os participantes do estudo e o anticorpo antitransglutaminase tissular recombinante humana de classe IgA e dosagem sérica de IgA foi realizada apenas nos doadores de sangue que possuíam DQ2 e/ou DQ8 positivo.

Resultados

O HLA-DQ2 e/ou DQ8 foi positivo em 49% (198/404) dos indivíduos, destes, 11 (5%) apresentaram anticorpo antitransglutaminase tissular humana positivo.

Conclusão

Podemos concluir que a prevalência dos marcadores genéticos para doença celíaca, HLA-DQ2 e DQ8 em São Paulo, mostrou-se elevada e similar à encontrada na Europa, assim como foi elevada a soroprevalênca para doença celíaca nos doadores de sangue com presença HLA-DQ2 e DQ8. Estes achados permitem afirmar que a prevalência da doença celíaca não deve ser rara em São Paulo, mas sim subdiagnosticada.

Palavras-Chave: Doença celíaca; genética. Marcadores genéticos. Antígenos HLA-DQ. Prevalência. Doadores de sangue


Acesse o Artigo completo: http://www.igastroped.com.br/prevalence-of-genetic-susceptibility-for-celiac-disease-in-blood-donors-in-sao-paulo-brazil/

quinta-feira, 3 de novembro de 2016